sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Coisas Soltas de uma Vida Só."


Um rádio
Um porta-retrato
Uma carta que vem lá do Sul
Com um beijo marcado
Alguma coisa que engrandeça a vida
Tudo o que te tira o sono
Que te causa ferida

Um riso frouxo
Um tiro no alvo
Uma reza que preze por tudo que pode ser salvo
O Amanhã é sempre um novo dia
E a paixão que acaba hoje
Amanhã já não valia

Nenhum vento tem a audácia de não levar a duna
Nenhum tiro tem razão
Mesmo na alma mais impura
O movimento contrário
De um relógio quebrado
Até pra disciplina é preciso loucura

Um riso frouxo
Um tiro no Alvo
Uma reza que preze por tudo que pode ser salvo
O Amanhã é sempre um novo dia
E a paixão que acaba hoje
Amanhã já não valia

E é a cabeça que confunde os fatos
E aquele que julga só ouviu relatos.
Foi o rato que roeu a roupa
Ou foi a vida do Rei
Que passou tão solta?

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

"Tudo que vai."


Hoje vou fugir das cartas, dos plugins que tiram chiados e das edições. Tudo o que eu disser aqui pode ser pura mentira.
Hoje uns amigos vieram aqui depois do ensaio, tomamos umas cervejas e conversamos um pouco. Um deles entrou no assunto de balões, não me lembro o porque, e começou a descrever o trabalho enorme que era pra fazer e as aventuras para resgatar os mesmos. Logo achei a maior idiotice soltar balões, e ele descrevia aquilo com a maior felicidade, dois minutos de atenção para a felicidade dele e pude ver um outro lado. Eu sou um egoísta de primeira, acho que todo o meu trabalho tem que ser para o meu enriquecimento e de nada me vale tanto esforço se em seguida isso irá pra longe e eu ainda terei de gastar mais energia para trazê-lo de volta. Os balões são como os filhos, são feitos para o mundo, de que vale um balão no chão sem que esteja prestes a cortar os sacos de areia?